sábado, fevereiro 28, 2009

Would you make this sound for me?


O meu amor tem lábios de silêncio
E mãos de bailarina
E voa como o vento
E abraça-me onde a solidão termina

O meu amor tem trinta mil cavalos
A galopar no peito
E um sorriso só dela
Que nasce quando a seu lado eu me deito

O meu amor ensinou-me a chegar
Sedento de ternura
Sarou as minhas feridas
E pôs-me a salvo para além da loucura.

O meu amor ensinou-me a partir
Nalguma noite triste
Mas antes, ensinou-me
A não esquecer que o meu amor existe.




letra de Jorge Palma
foto extraída de: http://www.flickr.com/photos/slutty_pimp/2851061761/

sexta-feira, fevereiro 27, 2009

tree house



Sometimes I wish I had a tree house somewhere...



where I could always hide and feel safe.









foto extraída de: http://www.flickr.com/photos/imable/

quarta-feira, fevereiro 25, 2009

Megafone da razão


Fossem lágrimas e não rosas aquilo que deixaste cair no chão. Sempre especulei acerca da sinceridade das tuas palavras. Sempre duvidei da autenticidade da tua calma constante.Trazias sempre contigo o megafone da razão que fazias questão de encostar ao meu coração. Ele sentia-se pequenino. Escondia-se para não se deixar magoar. Será que alguma vez soubeste o quanto me atordoava o grito da tua razão?
Procurei as lágrimas no teu jardim e encontrei o caminho da tua dor como forma de mostrar ao meu coraçao rejeitado que em alguma forma também o teu gritava. O coração tem formas estranhas de buscar empatias.
Não foi por mal que te matei. Devo ter exagerado na dose. Não me arrependo.
No entanto, foram rosas que encontrei no ultimo chão que pisaste. Rosas e não lágrimas.






foto extraída de: http://olhares.aeiou.pt/convite_dia_23_marta_ferreira_wwwmgrafiacom_foto2483695.html

Maybe not....


We all do what we can
So we can do just one more thing
We can all be free
Maybe not in words
Maybe not with a look
But with your mind

Listen to me, don’t walk that street
There’s always an end to it
Come and be free, you know who I am
We’re just living people

We won’t have a thing
So we’ve got nothing to lose
We can all be free
Maybe not with words
Maybe not with a look
But with your mind

You’ve got to choose a wish or command
At the turn of the tide, is withering thee
Remember one thing, the dream you can see
Pray to be, shake this land

We all do what we can
So we can do just one more thing
We won’t have a thing
So we’ve got nothing to lose



Cat Power, Maybe not


foto extraída de: http://olhares.aeiou.pt/foto796964.html

domingo, fevereiro 22, 2009

Now!







Don't just stand there starring......




Fix me.





foto: http://www.flickr.com/photos/slutty_pimp/2448533644/

sexta-feira, fevereiro 20, 2009

suicídio de uma femme fatale

Ensaias sem pudor em frente ao espelho o papel que te cabe esta noite. Despida de roupas e adereços admiras os contornos de um corpo reflectido e distante que se sente tão teu. Acendes o primeiro cigarro desde que o sol se pôs para lá das cortinas entrabertas que separam o teu mundo do mundo dos outros. O relógio na parede mostra as nove da noite. A arma está preparada, agora estirada no divâ, despida. Observas-te a fumar. Gostas do que vês e não queres parar. Acendes mais um cigarro. Mais uns minutos de prazer narcisista. Lá fora já se ouvem os primeiros rumores de uma noite optimista que contará outras histórias ao sol da manhã seguinte.
Tu. Agora vestida, engoles o último travo de champanhe antes de sair. Escondes a arma no mais íntimo de ti. Um último olhar ao espelho sedutor. Fechas a porta. Cheira a carne lá fora e as tuas mãos controlam por entre os tecidos que te envolvem a tua fonte pessoal de destruição. Sais para a rua.
Tens desejos de matar que te invadem a espinha de quando em vez. Desejos de matar a alma e não o corpo. Apontas a tua arma directamente ao sexo oposto. Conheces bem o teu alvo e as suas fraquezas, as suas vontades. Conheces. Amas com a mesma brutalidade com que matas. Brincas. Consomes as últimas gotas humanas que ejaculam em público e arrastas o seu corpo morto, sedento de volta á tua toca.
Já deitada. De novo despida coberta por um odor de cansaço e luxúria voltas a acender um cigarro. Olhas aquela que te olha do outro lado do espelho e não encontras a mesma personagem que te cativou quando o relógio mostrou as nove. O sol ameaça invadir o teu território e a peça que representaste está perto do fim. Do outro lado da cama: um cadáver de alma dorme tranquilamente. Ainda não sabe que morreu.
De volta a ti. Fechas os teus braços em volta de um ventre que resolveu acordar para te atormentar. Pensas que é assim que te salvas: por cada alma que absorves mais uma carta virada no jogo virulento do amor. Voltaste a ganhar.
Exausta, deixaste cair sob a cama ainda molhada de suor. Não tiveste tempo de te aperceber que mais uma vez a carta virada se afogou na alma sem vida que dorme ao teu lado. O sol entrou e foi só ele quem viu as lágrimas que escorriam no reflexo envergonhado que deixaste colado no espelho.

quarta-feira, fevereiro 18, 2009

Saudade

Fico cá fora à espera que adormeças. Não quero que amanhã te lembres que violei o teu sono pelo prazer da palma da tua mão.

As lágrimas que correm são por ti mas não te pertencem mais.

Dá-me a tua mão.
Não.
Não te quero tirar do porto seguro que escolheste. Só quero que me a emprestes por uns minutos. Dorme sossegado amanhã quando acordares reconheces tudo aquilo que te rodeia.

Já não preciso de ti... só da tua mão. Pouso-a de leve sob as minhas costas despidas e disfruto a memória de um prazer que me custa esquecer.






foto extraída de: http://olhares.aeiou.pt/st_miguel_peres_foto2497672.html

segunda-feira, fevereiro 16, 2009

Unfair (real) love

Hands down
I'm too proud, for love
But with eyes shut
It's you I'm thinking of
But how we move from A to B it can't be up to me
Cause I don't know
Eye to eye
Thigh to Thigh
I let go

I think I'm a little bit
Little bit

A little bit in love with you
But only if you're a little bit
Little bit
Little bit
In love with me




lyrics from Lykke Li, Little bit

sábado, fevereiro 14, 2009

Entre nós


Guardas nas pontas dos dedos flores, punhais que vais desvendando lentamente sobre o meu corpo ao ritmo da melodia que ocupa o que resta deste quarto escuro, vazio de tudo e cheio de nós.
As palavras que desenhas são beijos, são cortes e por vezes também leves carícias que deixam ecos presentes de um toque passado, viciante no espaço que separa a minha pele do desejo da tua.
Não páres agora.
Fecha-me entre o teu peito e a palma das tuas mãos e conta-me assim as histórias que a tua boca se recusa a transformar em palavras.
Não me deixes cair agora.
Eu prometo que as guardo comigo entre a ponta dos teus dedos e o meu coração.




foto extraída de: http://olhares.aeiou.pt/__catarina_cruz_foto745924.html

sexta-feira, fevereiro 13, 2009

é verdade.....

Se alguma vez te disse que o teu sorriso apenas me fazia feliz peço desculpa. Menti. Não te queria mentir só que não me apercebi que a minha verdade assentava numa promessa que tu não fizeste questão de cumprir.

quinta-feira, fevereiro 12, 2009

do you recite your daily lies?



É tão diferente este lugar agora

É tão diferente este lugar assim

Esquecido no silêncio da nossa ausência

Já não

É tão diferente este lugar agora

Distante no tempo em que o descobri

E hoje aqui agora chego e não vejo o que vi

Parece até que a memória faz pouco de mim

E nunca vai mudar

Dizias tu

Nem o tempo há-de apagar este momento em mim

Enchias os meus olhos de luz

Dizias tu

Quantas vezes voltei para te procurar?

Já nem

Sei bem

Ao certo

Nunca vai mudar

Dizias tu

Nem o tempo há-de apagar este momento em mim

Enchias os meus olhos de luz

Dizias tu




foto extraída de: http://olhares.aeiou.pt/espero_por_ti___cristina_nava_foto1842225.html


sábado, fevereiro 07, 2009

Unruhe



A bird.
A fish.



If a bird and a fish were to fall in love with each other...


Where would they live?





foto extraída de: http://www.flickr.com/photos/helga/3199085284/

quarta-feira, fevereiro 04, 2009

Material soul


me: How can you measure the weight of my soul?

you: you can't do that...

me: yes, you can. You only have to weight me first then burn me and carefully put the ashes of my body on a tray. Weight the ashes. The difference between both results is how heavy my soul is.



reaction to Smoke from Paul Auster
foto tirada de: http://olhares.aeiou.pt/foto1012851.html