segunda-feira, janeiro 16, 2006

sociedade-telegrama

Hoje ouvi na rádio um daqueles "vale a pena pensar nisto" curiosamente deixei-me ficar a pensar...

O mote lançado foi: É preciso encontrar a graça no comum.

Deixei-me ficar a pensar o quão verdadeira consegue ser esta frase, à partida insignificante. Cada vez mais as pessoas querem uma sociedade em forma de telegrama. Curta. Directa. Rápida. Sem grandes rodeios. Sem grandes filosofias. É preciso pensar e agir rápido...Pensar assumiu-se como sinónimo de racionalizar. É quase um pensar não pensando, mas já agindo...
A senhora na rádio dizia que as pessoas de hoje em dia buscam incessantemente a novidade. Novidade = não-rotina. Será?


O verde faz parte da nossa vida diária, pequenos salpicos verdes na nossa já habitual aguarela citadina. Mas quantos de nós já saboream o prazer de se deitar na relva fresca e comum do nosso dia-a-dia?

domingo, janeiro 15, 2006

apud. Alberto Caeiro

"Falas de civilização, e de não dever ser
ou de não dever ser assim.
Dizes que todos sofrem, ou a maioria de todos,
com as cousas humanas postas desta maneira.
Dizes que se fossem diferentes, sofreriam menos.
Dizes que se fossem como tu queres, seria melhor.
Escuto sem te ouvir.
Para que te quereria eu ouvir?
Ouvindo-te nada ficaria sabendo.
Se as cousas fossem diferentes, seriam diferentes: eis tudo.
Se as cousas fossem como tu queres, seriam só como tu queres.
Ai de ti e de todos que levam a vida
a querer inventar a máquina de fazer felicidade!"

Alberto Caeiro

quarta-feira, janeiro 04, 2006




"há pessoas que só se dão no meio de turbilhões e que julgam que nos salpicos das ondas é que esta a liberdade..."


M. J. Almada Negreiros