terça-feira, outubro 30, 2007

Go, go...

So I say go,go,
hold your fists high,
grow, slow,
stand in for the fight
though
I hope you never have to.

So I say run, run
sparkling light,
have your fun and then come home at night
I'm sure you'll tell me something new


I can see the world through you



David Fonseca, I can see the world through you

quarta-feira, outubro 24, 2007

Um dia..eventualmente...vai deixar de magoar.


Tudo o que eu vi,
estou a partilhar contigo

o que não vivi,
hei-de inventar contigo

sei que não sei

às vezes entender o teu olhar

mas quero-te bem,

encosta-te a mim.



Encosta-te a mim, Jorge Palma

terça-feira, outubro 23, 2007

Hoje

Hoje de manhã saí muito cedo,
Por ter acordado ainda mais cedo
E não ter nada que quisesse fazer...

Não sabia que caminho tomar
Mas o vento soprava forte, varria para um lado,
E segui o caminho para onde o vento me soprava nas costas.

Assim tem sido sempre a minha vida, e
Assim quero que possa ser sempre --
Vou onde o vento me leva e não me
Sinto pensar.




Alberto Caeiro

sábado, outubro 20, 2007

Expiration date



Every feeling has its expiration date.

The game's over, the lights go out. And you wait... you wait... you can't be tired of waiting if you love. It is in your deepest nature to wait. Wait until the day you realise you are not waiting anymore....

And the only remaining question is: Is a feeling still alive once it expirates?

I think so...

terça-feira, outubro 09, 2007

Memory box...do we share the same?

Once I was a soldier
And I fought on foreign sands for you
Once I was a hunter
And I brought home fresh meat for you
Once I was a lover
And I searched behind your eyes for you
And soon there'll be another
To tell you I was just a lie

And sometimes
I wonder
Just for a while
Will you remember me

And though you have forgotten
All of our rubbish dreams
I find myself searching
Through the ashes of our ruins
For the days when we smiled
And the hours that ran wild
With the magic of our eyes
And the silence of our words

And sometimes
I wonder
Just for a while
Will you remember me


Tim Buckley

Porque ás vezes pouco mais nos resta do que as memórias que nos fazem felizes... e o medo de as perder consegue ser maior do que o sofrimento da lembranca...

segunda-feira, outubro 08, 2007

Do outro lado do mundo, do outro lado da vida


Existe sempre um outro lado. Existe sempre um oposto. Uma contradição. E se abrirmos bem os olhos - e com eles o espírito - somos capazes de compreender que um lado não existe sem o outro. São duas partes que se complementam, duas partes de uma unidade só. As condições em que se complementam são indiferentes... o acto de complementar é que cria o equilíbrio da unidade. Seja por semelhança, seja por diferença... os dois lados de uma luta é que dão origem a essa luta. Senão houvesse oposição, não haveria luta.
"Auf der anderen Seite", "The edge of heaven"...seja ele traduzido como "Do outro lado" ou "Limite do céu", é um retrato real das divergências da vida, da sensação de completo partindo pelo pressuposto da oposição. Um professor. A Turquia. Os Direitos Humanos. Três lados diferentes de um triângulo tridimensional...por vezes estamos tão ocupados com a nossa aresta que nos esquecemos que existe uma outra que nos reflecte. Por vezes estamos tão distraídos no embalo da vida que num segundo o seu oposto nos toma e nos leva para a outra margem.

Nejat: "Brindemos"
Susanne: "Á morte."

Um brinde á morte...e que ela nunca nos faça esquecer que a vida nunca deixará de ser uma simples margem. Do outro lado... ninguém nos virá contar como será.

quarta-feira, outubro 03, 2007

Olhos de Maré

Por ter visto o mar
Num olhar de quem nunca o viu
Por ter ido atrás de uns olhos de maré

Sou capaz de andar sobre um mar que nunca existiu
Mas não sou capaz de ir mantendo a fé

Ventos e marés vão fazer o sol naufragar
Na palma da mão que o mar não soube ler

E se tu não és esse sol que me quer queimar
Não verás então o mar que tento ser

Letra de Dazkarieh "Olhos de Maré"


Se as palavras me faltam roubo as dos outros... por vezes é difícil transmitir em meros símbolos ortográficos a complexidade de um sentimento que nos consome por dentro. E quando é assim, gosto de roubar.. roubar as palavras de poetas ou músicos que acabaram por encontrar um caminho feliz de libertar os monstros que habitam dentro deles...

Inútil...

Eu: Inútil?

Ele: Sim....


Eu: E agora?


Ele: Agora? Desenrasca-te....