cala-te, a luz arde entre os lábios
e o amor não contempla, sempre
o amor procura, tacteia no escuro,
esta perna é tua?, é teu este braço?,
subo por ti de ramo em ramo,
respiro rente à tua boca,
abre-se a alma à língua, morreria
agora se mo pedisses, dorme,
nunca o amor foi fácil, nunca,
também a terra morre.
eugénio de andrade
sábado, outubro 30, 2010
verdade...
quarta-feira, outubro 27, 2010
segunda-feira, outubro 25, 2010
Geduld... IV
sexta-feira, outubro 22, 2010
tacto.
Originally uploaded by María Ramírez
vem falar nessa língua que é nossa, nesse tom monossilábico que começa nos teus lábios e termina nos meus ouvidos, na ponta dos meus dedos. vem contar-me histórias em silêncio escritas no espaço que separa a tua pele da minha.
deixa-me sentir as tuas histórias, juntá-las ás minhas... vamos escrever as nossas com as pontas dos dedos... sem abusar das palavras.
terça-feira, outubro 19, 2010
outono...
segunda-feira, outubro 18, 2010
a cidade.
Originally uploaded by aliceleyden
esta cidade tem muralhas de arame farpado com o seu nome inscrito.
sim. foi ela quem as criou.
domingo, outubro 17, 2010
problema de expressão...
é este medo tão familiar e tão meu que me congela, me leva as palavras e os pensamentos, sentimentos numa paralisia retórica contagiante. é ele quem constrói a cada dia que passa esse muro que ao longo do dia vou tentando abater.
um dia gostava de te convidar a entrar.
dá-me tempo e espaço de te mostrar essas fantasias cruas e distantes que guardo na ponta da língua, no fundo do coração.
segunda-feira, outubro 11, 2010
Geduld... parte III
Originally uploaded by kat burns
marco com uma cruz vermelha cada dia de inverno que passa... na esperança de fazer chegar mais depressa a primavera.
quinta-feira, outubro 07, 2010
o tigre e o panda
terça-feira, outubro 05, 2010
autobahn...
Originally uploaded by Romeika
agarras-te inconscientemente com uma força sobrenatural ao volante de um passado que rejeitaste mas que não deixas partir. guardas esse "nós" familiar que é só teu e não meu, prendes-te às sombras de uma rotina desfeita que teimas em deixar que habite o teu coração...
abres-me a porta. convidas-me a entrar.
olho à minha volta em busca de um espaço vazio, onde eu possa ficar nesse mundo que é teu...
de volta à estrada. paciência. paciência. paciência.