Vem deitar-te aqui ao meu lado e não digas nada. Respira baixinho. Inspira. Expira. Inspira. Expira. Sempre assim. Nunca te esqueças deste mecanismo.
Pára! Mexe-te devagar. De preferência? Não te mexas de todo. Mas se tiver mesmo que ser, que seja lentamente. O lençol sobe e desce quando respiras e a almofada também se mexe quando expiras. São movimentos sincronizados no tempo. Sobe, desce e mexe...e assim sucessivamente....
Mas o importante é não falar. A voz faz eco e o eco repete-se até às profundezas da terra...e ela pode acordar...
E eu não quero que ela acorde e nos arraste de novo para o meio de multidões agitadas. Elas respiram rápido demais, quase não sentem o sabor do ar.... o ar sabe às nuvens que caem do céu, sabias?
No meio da multidão tu não te podes deitar a meu lado....
silêncio.
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1 comentário:
costumo passar por cá para ler o teus novos posts. Gosto imenso do que escreves mas gostei particularmente deste texto. expressa tanto. Dora
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