dá-te a liberdade de, pelo menos uma vez na vida, colher a primeira gota do orvalho de uma manhã de outono...goza o seu sabor a natureza, a verde ou a terra....
e esquece nesse momento que fazes de parte de um mundo onde as únicas gotas que escorrem simbolizam o cansaço...
esquece que nesse mundo não há espaço para ser...(simplesmente ser!)
esquece que nesse mundo a transparência semelhante à de uma gota da madrugada é defeito condenável...
as gotas de orvalho sabem a vida...
quinta-feira, dezembro 22, 2005
segunda-feira, dezembro 19, 2005
Mona Lisa
Porque sorri Mona Lisa?
Por trás de um vidro transparente, incolor. Mantem-se intacto..o sorriso...centenário de Mona Lisa. Quantos já o olharam? Quantos continuarão a cruzar o seu olhar com o dela?
Mona Lisa...ela sorrirá sempre, com o seu olhar pregado a uma parede infinita e vazia.
O seu sorriso é insípido e triste...é um sorriso de museu: jamais correspondido, jamais violado.
Na verdade o nosso mundo é um Louvre disfarçado...cheio de maravilhas monumentais e, por isso, intocáveis.
Eu?
Neste Louvre à escala mundial serei sempre e apenas mais uma Mona Lisa.
Por trás de um vidro transparente, incolor. Mantem-se intacto..o sorriso...centenário de Mona Lisa. Quantos já o olharam? Quantos continuarão a cruzar o seu olhar com o dela?
Mona Lisa...ela sorrirá sempre, com o seu olhar pregado a uma parede infinita e vazia.
O seu sorriso é insípido e triste...é um sorriso de museu: jamais correspondido, jamais violado.
Na verdade o nosso mundo é um Louvre disfarçado...cheio de maravilhas monumentais e, por isso, intocáveis.
Eu?
Neste Louvre à escala mundial serei sempre e apenas mais uma Mona Lisa.
segunda-feira, dezembro 12, 2005
devaneios....
tenho a garganta seca de tanto falar...
de tanto gritar...
dói.
e o ar arranha...como os espinhos esquecidos
naquela rosa vermelho-sangue
esquecida no meio do jardim.
tenho a garganta
e não consigo mais falar
e também não quero pensar...
pensar faz querer
dizer
o que a garganta não deixa.
se as palavras tentam sair
e o ar insiste em entrar permanece, sempre
o mais vital...
se bem que muitas das vezes...(senão
quase todas!)
São as palavras que têm maior importância...
mas isso não importa para a lei da natureza!
respirar...é uma vontade do corpo
não da alma...
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